terça-feira, 7 de outubro de 2008

Nem tudo é o que parece...


...mas amor é sempre amor.

Não faz muito tempo que você me trouxe pra cá.

Eu estava lá, na minha, com meus amigos, e você chegou.

Poxa, estávamos numa loja, lembra? Um lugar meio sem-graça pra falar desse encontro que marcou as nossas vidas.

Daí, você se aproximou, como quem não quer nada... Ou melhor, você sabia exatamente o que queria. Tanto que veio logo na minha direção.

Ficou me olhando. Perguntou pra um vendedor se ele me conhecia. Que cara-de-pau!

Eu fiquei imóvel. Não sei o que me deu.

Nenhum dos meus amigos percebeu – aquele bando de “árvores secas”, ali, fazendo nada, olhando a vizinhança passar. Eu acabei ficando sem ter com quem comentar o que senti quando você simplesmente me pegou pela mão. Acho que nenhum deles sentiu a minha falta e eu até hoje não sei bem porquê. Foi surreal.

Parecia que eu estava levitando... Aliás, parecia não. Eu levitei quando você me tocou.

Eu nem ofereci resistência, ainda me lembro bem. Com você, eu fui. Saímos daquela loja e ganhamos a rua. No seu carro, a sensação era de excitação. Tanto minha quanto sua.

Nenhuma palavra. Você apenas me levava. E eu ia.

Chegamos à sua casa. Coisa estranha, né? Como pude entrar lá? Acho que meu destino já estava traçado...

Foi ali que você me acarinhou, e me beijou, pela primeira vez. Na porta do seu quarto, eu que nunca tinha ganhado um afago daqueles, senti meu corpo rijo e preparado para enfrentar qualquer parada. Você havia me dado vida. E minha vida passou a ser sua.

Você colocou aquela música pra tocar, lembra? Era a nossa música. A primeira de tantas que ouvimos e depois fizemos.

Fizemos amor. Eu perdi minha virgindade nas suas mãos. Me realizei. Lembro que fizemos bastante barulho...!

Hoje, fazendo um balanço da nossa relação, sou muito melhor do que era antes. Te amo.

Sei que também sou seu amor. Pude sentir isso naquele dia, em que nossas vidas se cruzaram – nosso primeiro encontro, naquele dia iluminado.

Você conseguiu revelar o que há de melhor em mim. E eu serei, para sempre, quem te fez um ser completo pela primeira vez.

Esta foi a história do primeiro par de baquetas de um[a] baterista.

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